WHAT'S NEW?
Loading...

A Pureza de Cassie Ainsworth


It’s pure, Cassie.

Não há como negar, Hannah Murray deu vida a uma das personagens mais autênticas de Skins. Então...que seja, sempre, muito bem vinda, de volta, Cassie.

Esperava episódios muito mais impactantes, mas, ainda assim, Skins nos ofereceu um outro ponto de vista, uma nova forma de viver.

Diferentemente, da Effy festeira, cheia de drogas e truques, Cassie, ainda, mostra a solidão, contradizendo essa “ditadura da felicidade” que desejamos, quando estamos prestes a crescer, a espera de algo que mude completamente tudo o que já aconteceu.

Até mesmo a trilha sonora para Pure traduz isso. Afinal, vai dizer que não pensou nisso quando, enquanto ouvia Gabrielle Aplin, com Start Again?

A vida de Cassie parecia um infinito preto e branco, que a garota levava servindo mesas em uma lanchonete, vivendo em uma pensão, onde não conhecia ninguém e tendo que se deparar com pessoas que ela não sabia, mas sentia, que nem queria conhecer.

Dizem que atraímos o que somos e foi, exatamente, uma pessoa assim que Cassie atraiu, tendo como uma (quase) amiga, a desiludida Maddie, que já tinha perdido toda a sua fé em qualquer coisa boa e estava, apenas, querendo mostrar à protagonista que estamos, todos, em busca de algo, que, no fundo, sabemos que não teremos. Parece meio depressivo, mas a vida de Cassie é, basicamente, vivida desse jeito, nem mesmo posar como modelo para um fotógrafo, aparentemente, muito famoso e ter seu rosto estampado em alguns lugares, fez a garota melhorar um pouco.

A ideia de trabalhar com um stalker dizia que Pure seriam os episódios super esperados dessa sétima temporada, porém, o grande stalker que esperávamos era só um garoto que trabalhava com Cassie e era, um tanto, obcecado pela loira. Seu sentimento era a procura pela beleza, na verdade, a busca pela beleza “escondida” de sua colega de trabalho.


E, nisso, toda aquela expectativa que eu tinha nos episódios foi caindo, caindo e caindo.

Mostrar um lado familiar de Cassie, especialmente, com seu irmão Reuben foi uma das melhores jogadas (até porque, a última vez que vimos Reuben, ele era só um bebê), todas as diferenças com o pai, tudo o que foi afetado com a morte da mãe. Aos poucos, vimos o motivo que levou Cassie a viver como acaba vivendo: solitária.

Ao fim de Pure, vemos que a garota encontrou um pouco de felicidade, quando tem o seu irmão ali, morando com ela, mas esse pequeno momento não muda o fato ou o tamanho da diferença da vida colorida que ela tinha ao que ela tem agora.

No fundo, é bem provável que ela tenha “crescido” rápido demais e, por isso, deixou de acreditar no que ela mesma pode fazer.

Esse foi o adeus de Cassie Ainsworth, a garota que entrou como anoréxica, usuária de drogas e toda alegrinha e terminou como mais uma.




0 comentários:

Postar um comentário